segunda-feira, 27 de maio de 2013







[Tudo é uma questão de manter,
                            a mente quieta,
                            a espinha ereta,
                    e o coração tranquilo]


Bom dia Segunda-Feira!!

Vem com sol, vem com frio, com vontade, com trabalho, com sorriso.
Uma música. Frase feita. Gesto ensaiado. Uma surpresa.
Um impulso. Um delírio. Um motivo. A ação.
Vem sorrindo. Não demora, traz no abraço, motivação.
Vem sem jeito. de toda forma. vem com tudo. vem AGORA!



domingo, 26 de maio de 2013

Encontro






Sei lá, sabe, é que às vezes parece que não vai chegar. Está tudo tão longe, tão distante e tão escuro, que não se sabe se é sombra ou realidade. Se aquilo que tu está vendo, é o que realmente está diante de ti, ou é só imaginação. Coisa que o escuro faz.  Nesses momentos, de lucidez completa, ou de loucura disfarçada de reflexão, é que te busco. Começo pelos lugares mais óbvios, uma música, uma escrita, uma inspiração. Procuro como uma doida, um impulso aqui dentro diz que não dá para se entregar. Que há algo de muito bom logo ali. E aí bate o desespero, o medo, o sono que não vem, o coração que não acalma e os pensamentos que insistem em voltar atrás. No que não foi, no que quase deu. E o que está por vir? Não sei. Prefiro não pensar. Não pensar que pode não dar. Eu sei, eu sei que eu não sei exatamente do que estou falando, nem o que estou querendo. Só sei que meu coração quer mais, desde que descobri que posso mais, que sou mais. Não me conformo com o raso, com a vontade não satisfeita, com o querer que não querer calar. Paro. Penso. Me encontro. Te encontro. Força. Uma pontinha de certeza, externada com um riso leve. Melhor parar de pensar. Desligar a música. Fechar os olhos. Melhor viver.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

                                   




"Me faça um gesto, me faça perto, me dê a lua que eu te faço adormecer."                                                                                                                                                                               


simples assim!                                                                                          

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Remember





Era verão, ou apenas vento norte
Lua cheia, ou apenas noite quente
Uma saudade, ou apenas nostalgia
Era amor, ou apenas era melhor.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Quem é você?

Quem me conhece sabe o quanto eu sou adepta as chamadas "leituras de mulherzinha". São crônicas e literaturas sobre mulheres que normalmente são bem resolvidas de um lado e um grande desastre em outro (o emocional, é claro!). A parte o fato de não ser uma leitura muito rica, é leve, inspiradora, e traduz de uma forma descontraída conflitos interiores que toda a mulher um dia passa. Em resumo, são gostosinhas pra caramba de ler. Afinal, poucas sensações se comparam ao prazer de se identificar com sentimentos e conflitos íntimos dos outros, íntimos mesmo, aqueles que vêm acompanhados da frase "Pensei ser a única" e de um suspiro de alívio. Entre as inúmeras autoras desses divãs em folhas, está a Martha Medeiros, que, aliás, é a minha preferida dos tempos modernos. E hoje, ao saborear várias crônicas dela, espalhadas pela internet, me deparo com uma bem simples e antiga, onde ela se define através das coisas que gosta, e termina convidando todos que leem a fazerem o mesmo. Confesso que achei a proposta interessantíssima e logo de cara comecei a fazer a minha listinha mental, das coisas que gosto, das coisas que sou. Quem em seus momentos de introspecção nunca se perguntou quem é de verdade, e eu concordo com a Martha, você é o que você gosta e acrescento, o que você não gosta também faz parte do que você é.

Buenas, deixo de lado a introdução, quero me apresentar. Muito prazer, essa sou eu:

Sou o sorriso de criança. Sou o abraço demorado. Sou carinho nas costas. Sou a risada por motivos bobos. Sou a alegria de um reencontro esperado. Sou o segredo compartilhado baixinho. Sou clareza. Sou presença. Não sou o olhar no relógio quando estou com alguém. Sou o olhar nos olhos. Sou corpo, olhos e ouvidos mais que telefonemas e mensagens. Sou reticências no que vale a pena e sou ponto final no que me consome. Sou água tônica. Chás. Sucos gelados. Quando café, sou sem açúcar. Fora do café, sou açúcar disparado. Sou a sobremesa antes do almoço. Sou inverno, mas sou também o calor fora de época. Não sou chuva e não sou sol, Sou dias nublados. Sou vento norte, e sou também os bons presságios que ele traz. Sou Clarice, sou Caio, sou Tarsila, sou Mario, sou Martha e sou Tati. Sou livros e livros. Rock. MPB. Pop. Já fui filme de terror, hoje sou água com açúcar e ficção. Sou gatos. Cachorros pequenos.  Sou gatos. Muitos peixes coloridos num aquário bem grande. Sou gatos. Sou o friozinho na barriga quando vou encontrar alguém que gosto muito. Sou a ida no bar com os colegas no intervalo das aulas. Sou maquiagens. Esmaltes vermelhos. Bolsas grandes. Perfumes doces. Batom clarinho. Brincos, anéis e colares. Pijamas, pantufas e polainas. Sou cabelos compridos. Sou campo. Areia. Paisagens. Sou a nostalgia nos finais de tarde. Sou surpresas. Sou encontros ao acaso. Sou cada um dos meus amigos. Sou criança. Sou toque nas mãos, nos ombros, na nuca, no coração. Sou noite. Sou dança. Sou temperos. Sou maionese em excesso que não faz bem. Sou comida chinesa.  Peixe frito com limão. Sou tudo que há na terra que seja com camarão. Sou saladas. Sou sorvete no inverno. Sou o chocolate da carência. Sou o andar de mãos dadas, sou citações de Machado de Assis e Vinícius de Moraes, canções sussurradas ao pé do ouvido, declarações rasgadas, bilhetes escritos à mão e sou toda sorte de pieguices românticas. Sou o bom-dia dado a Deus no amanhecer, a conversa em pensamento durante o dia, e sou o agradecimento antes de dormir.  Sou cinema com pipoca e balas azedinhas e sou o cinema embaixo das cobertas também. Sou o caminhar descompromissado para pensar na vida. Sou o olhar distante. Turbilhão de pensamentos. Cabeça a mil antes de cair no sono. Sou mais sim do que não. Sou a liberdade em se contradizer. Sou uma hoje. Sou outra amanhã. Sou a mesma sempre.

E aí, do que você gosta? Quem você é?

domingo, 14 de agosto de 2011

A Garota do Papai!!

Segundo domingo de agosto, data que para muitos vem acompanhada de uma multidão de lembranças boas. São presentes, demonstrações de carinho, palavras de amor, passeios, programas inusitados, e no final do dia, o saldo de mais um ano comemorado ao lado de quem se ama, ao lado de quem é herói, ao lado do pai. Para mim, as lembranças boas são compactadas em 5 anos de convívio e muito amor, depois foram substituídas por uns 6 anos de um vazio enorme, uma espera que não acabava nunca e a falta de respostas que me convencessem, ou simplesmente me fizessem entender. Após esses 11 anos de vida, já não consigo detalhar com precisão os sentimentos que seguiram, mas posso afirmar que foram anos tentando entender o porquê e pensando que se tivesse o meu amigo, o meu herói aqui do lado, tudo seria diferente.
O que mudou hoje? Não, ainda não entendo porque fui privada da presença dele, havia tantas coisas para passar ao lado do meu pai, mas penso que não cabe a mim tentar entender, buscar respostas é uma tarefa pesada demais. Apenas aquietei meu coração, aceitando que há um motivo para tudo, que Deus sabe o que faz, como dizem as vovós. E é com serenidade que hoje, no amanhecer do dia dos pais, eu permiti que as lembranças boas viessem me visitar, e não é que vieram com tudo?
Lá está ela, a loirinha pequenininha apegadíssima ao pai, que pelas manhãs sentava no banco de trás do fusca vermelho, dizendo com convicção que iria "bataia" com o pai, e todos os finais de tarde, ao ouvir o barulho do carro chegando e o latido dos cachorros, se escondia atrás da porta do quarto e se preparava pela pergunta que a fazia rir baixinho, "Onde está a minha gaiota??" e em questão de segundos...."droga! o papai me descobriu de novo, deve ter sido minha risada", (é claro que nem me passava pela cabeça variar o esconderijo). Era uma rotina tão gostosa, passar o dia brincando de escolhinha, com direito a hora da merenda e tudo, montando casinha das barbies, fazendo bolos altamente artísticos de chocolate (barro), colhendo moranguinho com a mãe na horta, e ter o finalzinho do dia e até a hora de cair no sono, paparicando e sendo paparicada pelo pai. Faz tempo eu sei, mas minhas lembranças parecem não querer saber, estão sempre ali, bem nítidas, fresquinhas, escondidinhas, só esperando serem chamadas pela saudade, nostalgia ou qualquer outra sensação que nomeamos para justificar esses pensamentos que mexem com a gente, inquietam, por vezes doem, por vezes só provocam longos suspiros, mas que, mesmo hesitando, não dispensamos sentir. Talvez, apesar de saber que não é possível, haja um medo escancarado de que tudo se torne tão longe, tão distante, tão apagado, a ponto de parecer que não faz mais parte da vida. Quem sabe seja para isso que servem as lembranças. E o coração que acelera e aperta ao mesmo tempo, quando elas são acionadas. Lembrança do sorriso. Lembrança do orgulho pelas minhas pequenas descobertas. Ainda lembro da gargalhada na mesa do almoço quando eu perguntei quem tinha comido o picolé que eu havia deixado na geladeira, "e ainda por cima deixaram o papel e o palitinho", reclamei, com o beicinho de decepção. Lembro de quando eu era exibida para os amigos com orgulho, sempre levando o posto de "essa é a minha gaiota". Lembro das crises de alegria que eu tinha quando me levava junto ao trabalho. E como poderia me esquecer de quando finalmente ir na escolhinha deixou de ser uma brincadeira, e durante todo o primeiro ano do pré-escola, era o loiro de bigode que me levava até a porta e, nos vários primeiros dias, eu dizia toda faceira para quem perguntava, "esse é o meu pai". Hoje são lembranças, saudade e algumas fotos. Inconformidade? Não! Essa já deu os ares da graça por aqui e já partiu há muito tempo, junto com uma porção de sentimentos ruins. O que eu levo comigo é o coração agradecido pelos 16 anos que se passaram e que não conseguiram apagar nem um milímetro do amor e do orgulho por ser filha do homem, que soube ser filho, irmão, marido, pai, profissional dedicadíssimo (pelo que me contam), amigo e presente, em todos os anos que esteve aqui. Não importa quanto tempo terei que conviver com a saudade, com a falta do abraço, do beijo, dos conselhos que certamente receberia, uma certeza eu tenho...

 ...Serei sempre a GA-IO-TA do papai! Aonde quer que ele esteja, aonde quer que eu esteja.


quinta-feira, 21 de julho de 2011

A paz ou o tormento das surpresas

Tarde vazia. Havia sol, havia paz, mas havia também a monotonia. Sem alternâncias cardíacas, sem grandes suspiros, apenas a normalidade de uma rotina tranquila. De repente surge ela, silenciosa e sorrateira. Explodindo devagarinho, ocupa todos os espaços, toma toda a atenção. Revira, sacode, faz pensar. Surpresa. Atende por esse nome. Petulante que só ela, não escolhe dia, nem pede licença, vem sem avisar. Fruto de uma inquietude traz na carona reticências tomando o lugar do ponto final. Uma mensagem, uma ligação, um sinal certeiro. Ou um tropeço. Talvez. Preenchendo ou desajustando. Acompanhada de paz ou tormento. Não importa. Surpresas são sempre bem-vindas, pois não há quem resista aos prazeres da inquietude que ela traz. E depois que passa o efeito imediato que a bendita causa, ainda torna do inesperado as melhores lembranças que se pode ter.